terça-feira, 7 de junho de 2011

dependência quimica

Uso precoce de maconha está associado com piora no funcionamento cerebral



Os usuários regulares de maconha, que iniciam o uso da droga antes dos 15 anos apresentam pior desempenho em testes que avaliam funções cerebrais, quando comparados com aqueles que começam mais tarde, de acordo com nova pesquisa publicada na edição de junho da British Journal of Psychiatry.

Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo dizem que o estudo sugere que o consumo precoce de maconha pode ter efeitos prejudiciais no funcionamento cognitivo das pessoas.

Os pesquisadores avaliaram 104 usuários crônicos de maconha que foram submetidos a uma série de testes neuropsicológicos. Estes testaram as funções executiva, atenção, capacidade de formar conceitos abstratos, habilidades visuais, motoras e flexibilidade mental.

Dos 104 usuários crônicos de maconha, 49 começaram a usar a droga antes dos 15 anos de idade (usuários precoce). Os restantes 55 começaram a usar após os 15 anos de idade (usuários de início tardio). Em média, o grupo de início precoce tinha usado maconha por 10,9 anos - o que equivale a um consumo durante a vida estimado de 6.790 baseados cada um. O grupo de início tardio tinham usado maconha durante uma média de 8,7 anos - o que equivale a 5.160 baseados cada um. Outras 44 pessoas serviram como grupo de controle, pois não fizeram uso de maconha e também fizeram os testes cognitivos.

Não houve diferenças de QI ou escolaridade entre os três grupos. No entanto, o grupo de início precoce teve desempenho significativamente pior do que o grupo de início tardio e do que o grupo controle em tarefas de atenção sustentada, de controle dos impulsos e relacionadas ao funcionamento executivo. Por exemplo, em um teste de classificação de cartas, o grupo de início precoce cometeu mais erros que o grupo controle (10 vs 6,44) e completou menos categorias (2,77 vs 3,5). Não houve diferença significativa no desempenho entre o início tardio e grupos de controle.

A pesquisadora Maria Alice Fontes disse: "Nós detectamos que o início precoce de maconha está relacionado com maiores déficits no funcionamento cognitivo. Sabemos que a adolescência é um período em que o cérebro parece ser particularmente vulnerável aos efeitos neurotóxicos da maconha. Estudos de imagem cerebral mostraram que o cérebro antes dos 15 anos ainda está se desenvolvendo e amadurecendo, assim a exposição à maconha durante este período pode ser mais prejudicial e levar a menor flexibilidade mental no futuro. É possível que as pessoas que começam a usar maconha numa idade mais avançada podem ser capazes de compensar os seus déficits cognitivos, do que as pessoas que começaram a consumir maconha numa fase anterior do desenvolvimento do cérebro. "

Referência

Fontes MA, Bolla KI, Cunha PJ, Almeida PP, Jungerman F, Laranjeira RR, Bressan RA and Lacerda ALT. Cannabis use before age 15 and subsequent executive functioning. British Journal of Psychiatry 2011; 198:442-447

Para maiores detalhes, por favor entre em contato com Dra. Maria Alice Fontes, Laboratório de Neurociências Clínicas da Universidade Federal São Paulo e UNIAD. Tel: (11) 2364-2024; (11) 9992-2024. Email: m.alice@plenamente.com.brEste endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

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quarta-feira, 1 de junho de 2011

CANTO DA POESIA

Perdoando Deus – Clarice Lispector



(…) mas quem sabe, foi porque o mundo também é rato, e eu tinha pensado que já estava pronta para o rato também. Porque eu me imaginava mais forte. Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil. É porque eu não quis o amor solene, sem compreender que a solenidade ritualiza a incompreensão e a transforma em oferenda. E é também porque sempre fui de brigar muito, meu modo é brigando. É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria – e não o que é. É porque ainda não sou eu mesma, e então o castigo é amar um mundo que não é ele. É também porque eu me ofendo à toa. É porque talvez eu precise que me digam com brutalidade, pois sou muito teimosa. É porque sou muito possessiva e então me foi perguntado com alguma ironia se eu também queria o rato para mim. É porque só poderei ser mãe das coisas quando puder pegar um rato na mão (…)”

CANTE LÁ QUE EU CANTO CÁ

A FORÇA QUE NUNCA SECA – Chico César

Já se pode ver ao longe
A senhora com a lata na cabeça
Equilibrando a lata vesga
Mais do que o corpo dita
Que faz o equilíbrio cego
A lata não mostra
O corpo que entorta
Pra lata ficar reta
Pra cada braço uma força
De força não geme uma nota
A lata só cerca, não leva
A água na estrada morta
E a força que nunca seca
Pra água que é tão pouca

FAMÍLIA E CODEPENDẼNCIA

A Família e a Co-dependência



Os co-dependentes químicos, são seres humanos, visivelmente afetados, na maior parte das vezes, até fisicamente, pela convivência com um ou mais dependentes químicos. E tem uma enorme dificuldade em pedir e aceitar ajuda.

Os co-dependentes se fazem muitas perguntas:
Se a pré-disposição orgânica para desenvolver o abuso de drogas é do meu familiar, filho ou filha, como é que sou eu que preciso de ajuda ?
É meu marido ou minha mulher quem bebe, porque eu devo me tratar?

Quem é o co-dependente?
É o familiar, o colega de trabalho, o chefe, o amigo, é o vizinho, e todos que procuram remover as conseqüências dolorosas do abuso de drogas do dependente, para e pelo dependente, com a intenção de minimizar ou de esconder o ocorrido, facilitando a vida do dependente químico.

Todo aquele que está emocionalmente ligado e oferece seus sentimentos e sua vida para “proteger seu dependente”, visando impedir que comportamentos anti-sociais tornem-se transparentes, é um co-dependente.

E o co-dependente que age assim, escondendo os fatos que se constituem numa vergonha para todos por total desinformação, imagina que está ajudando, na realidade está ajudando a que possíveis pedidos de tratamentos e/ou internação sejam adiados.

É o “carrossel da dependência química”: no centro, o dependente químico agindo e ao redor… os co-dependentes estão reagindo, todos estão vivendo em função do dependente. O dependente se droga, fica doidão e os outros reagem a sua drogadição e as suas conseqüências, o dependente responde as essas reações e se droga novamente, estabelecendo o carrossel da dependência química.

Os co-dependentes precisam ter coragem de colocar limites, fazendo parar de girar o Carrossel e de desligar-se emocional mente do dependente, e sentindo seu próprios sentimentos e vivendo suas próprias vidas. Como os co-dependente conseguirão entrar em recuperação ? Informando-se, fazendo psicoterapia , e sobretudo freqüentando as salas dos grupos de mútua ajuda , o ALANON, NARANON, AMOR EXIGENTE.

A partir da aceitação da co-dependência, realizam o maior ato de amor, conscientizaram-se de que a melhor ajuda e única possível é a mudança de nós. Fortaleceram-se. porque compreenderam, o que não é firme não pode servir de apoio.

Fonte: http://adroga.casadia.org/codependencia/co_dependencia.htm

CANTO DA POESIA

“Há doenças piores que as doenças…” – Fernando Pessoa



“Há doenças piores que as doenças,
Há dores que não doem, nem na alma
Mas que são dolorosas mais que as outras.
Há angústias sonhadas mais reais
Que as que a vida nos traz, há sensações
Sentidas só com imaginá-las
Que são mais nossas do que a própria vida.
Há tanta coisa que, sem existir,
Existe, existe demoradamente,
E demoradamente é nossa e nós…
Por sobre o verde turvo do amplo rio
Os circunflexos brancos das gaivotas…
Por sobre a alma o adejar inútil
Do que não foi, nem pôde ser, e é tudo.”

Fernando Pessoa

PARA A FAMÍLIA

PARA FAMÍLIA
“Na educação de nossos filhos, todo exagero é negativo” (Eugênia Puebla)


Eugênia Puebla é uma professora argentina, especialista em educação em valores humanos. Abaixo segue um de seus textos em que apresenta sua concepção de educação familiar.

Ela não se propõe a a indicar uma receita sobre como devemos educar nossos filhos, mas nos alerta a termos cuidado com os exageros.

Leia o texto de Eugênia e reflita sobre sua experiência como pai, mãe ou mesmo como filho ou filha. Como dosar o cuidado, o afeto e a preocupação com os filhos para que nem falte, nem sobre dedicação?

Deixe seus comentários!



Mensagem à família

(Eugênia Puebla)

Na educação de nossos filhos
Todo exagero é negativo.
Responda-lhe, não o instrua.
Proteja-o, não o cubra.
Ajude-o, não o substitua.
Abrigue-o, não o esconda.
Ame-o, não o idolatre.
Acompanhe-o, não o leve.
Mostre-lhe o perigo, não o atemorize.
Inclua-o, não o isole.
Alimente suas esperanças, não as descarte.
Não exija que seja o melhor, peça-lhe para ser bom e dê exemplo.
Não o mime em demasia, rodeie-o de amor.
Não o mande estudar, prepare-lhe um clima de estudo.
Não fabrique um castelo para ele, vivam todos com naturalidade.
Não lhe ensine a ser, seja você como quer que ele seja.
Não lhe dedique a vida, vivam todos.
Lembre-se de que seu filho não o escuta, ele o olha.
E, finalmente, quando a gaiola do canário se quebrar, não compre outra…
Ensina-lhe a viver sem porta

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Alcoólicos Anônimos – AA
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Narcóticos Anônimos
Portal Drogas
Portal Sem Drogas
Revista Anônimos
Unifesp Virtual
Viva Voz

spiritualidade

Espiritualidade e codependência

A importância de Soltar-se e Entregar-se a Deus

Diferente de religião, espiritualidade é sentir-se conectado a um Poder Superior. Ele pode ser Deus, Jesus, Alá, o grupo de ajuda, o trabalho voluntário, o Universo, uma Força Maior que faz algo acontecer, que nos faz sentir vivos, protegidos, certos que que "de algum lugar, alguém " cuida de nós, de nossas vidas.
E é para este Poder Superior que precisamos recorrer todos os dias de nossas vidas para nos liberteramos dos comportamentos codependentes.
Precisamos nos superar, precisamos fazer diferente, entregar, acreditar, abrir a mente, sermis mais flexíveis, alegres, deixar a vida nos conduzir e não mais querermos ser quem controla a tudo e a todos.
Solte-se e entregue-se a Deus!
Quanta verdade a sabedoria existe neste lema dos grupos anônimos.
E como é difícil para nós, codependentes, nos soltarmos e nos entregarmos a Deus. Afinal, achamos que temos os controle de tudo, que as coisas tem que ser do nosso jeito.
Quando vamos perceber que de nosso jeito não funciona para entaõ permitir que as coisas sejam do jeito que o Poder Superior planeja para nós. Adianta resistir?
Só por hoje solte-se e entregue-se a Deus. Veja quantas maravilhas acontecem!
www.codependencia.com.br

sábado, 12 de fevereiro de 2011

FAMILIA

AUTORIDADE LÍQUIDA NA FAMÍLIA


Sandra Eni Fernandes Nunes Pereira e Maria Fátima Olivier Sudbrack
Os pais são os porta-vozes privilegiados de transmissão de valores a serem seguidos pelos filhos. São as primeiras relações afetivas, as grandes responsáveis por nosso processo educativo.
Quando falamos em ser pai e mãe na infância e adolescência, estamos falando em ser pai e mãe por adoção, ou seja, em ser aquele que se compromete, se responsabiliza, sustenta, cuida, ama a criança, independentemente de ser ou não seu pai ou sua mãe biológicos e das formalidades legais, como o casamento, a separação. Estamos falando de um processo de filiação socioafetiva que implica cidadania, pertencimento e identidade; uma filiação que compreende a verdade não do sangue, mas do coração.
Ser pai é participar de forma efetiva do processo educativo dos filhos, ou seja, é participar da construção de seus valores, crenças, sentimentos e escolhas. É ser, ao mesmo tempo, referência de transmissão de regras e limites. É cuidar para que a criança e o adolescente internalizem limites e regras e assim possam se sentir mais seguros e protegidos para fazerem suas escolhas e lidarem com as adversidades da vida.
Assim, a educação articula-se à noção de limite. Na verdade, as crianças e os adolescentes “pedem” limites aos adultos para ajudá-los na organização de sua mente e construção de sua autonomia. São os limites que lhes permitem adquirir autoconfiança; assumir valores morais, responsabilidades; desenvolver o respeito, o sentido do dever e das obrigações em relação ao outro.
Estamos nos referindo aqui ao exercício efetivo da autoridade. A função de autoridade está relacionada às interações que lembram e reforçam responsabilidades e papéis.
Curso de Prevenção do Uso de Drogas para Educadores de Escolas públicas
Exercer a autoridade refere-se à habilidade de estabelecer regras e valores, permitindo atos de negociação e neutralizando desvios de comportamento que se afastam das expectativas coletivas.
Apesar de evidenciarmos a importância do exercício da autoridade na vida das crianças e dos adolescentes, temos percebido que muitos deles estão encontrando dificuldades na construção de vínculos efetivos com seus pais ou responsáveis, ou seja, temos encontrado hoje relações bastante fragilizadas na família, quando analisada a função de autoridade. É como se as crianças e adolescentes estivessem diante de uma autoridade líquida – uma autoridade fluida, que não se materializa, não se concretiza, não se compromete com sua função, parecendo “escorrer pelas mãos” dos adultos.
Processos que dificultam o exercício da autoridade
É bem verdade que a relação entre pais e filhos mudou ou teve sua força e eficácia diminuída ao longo do tempo. Vivemos em uma época de desaparecimento progressivo da figura do pai e a evidente importância da mãe no estabelecimento e reforço das redes de relação e da transmissão de valores morais, além de ser a figura central no controle do orçamento doméstico ou gerência financeira da casa.
Além disso, as famílias têm suas especificidades culturais e sua construção de limites é subjetiva e única, ou seja, o que para alguns é ordem, para outros pode ser autoritarismo. O que alguns consideram como cuidado, outros consideram como sufoco. O que para alguns é silêncio, para outros é indiferença.
Assim, entendemos que as crianças e os adolescentes buscam limites, mas a forma como os percebem, como os interpretam e solicitam é particular a cada um. Além disso, às vezes a interpretação que fazem das mensagens e do comportamento dos pais pode ou não corresponder àquilo que eles querem
Exercer a autoridade refere-se à habilidade de estabelecer regras e valores, permitindo atos de negociação e neutralizando desvios de comportamento que se afastam das expectativas coletivas.
Curso de Prevenção do Uso de Drogas para Educadores de Escolas públicas
realmente transmitir. Mas é por vezes esta interpretação que os orienta em suas reflexões e ações em relação aos pais.
No entanto, diferentes tipos de cuidado são efetivos, desde que estáveis. É comum a queixa dos adolescentes, em especial daqueles que moram com a família extensa, com relação a quem obedecer. A constante ausência da mãe no dia a dia do filho – por ter que dividir seu tempo com os demais filhos, por precisar trabalhar e por não poder contar com os suportes comunitários que a auxiliem na tarefa de educar seus filhos – força esta mulher a delegar autoridade a outros membros da família. Nesse caso, podemos pensar que problemas de autoridade na família não se devem apenas à rigidez ou permissividade na construção dos vínculos, mas à irregularidade e indefinição dos papéis no seio familiar, como é o caso dos adolescentes que ora recebem limites da avó, ora da mãe, ora da tia, isto é, de quem estiver mais próximo.
Outra questão importante que compromete a autoridade dos pais se refere ao costume de “bater” nos filhos como norma disciplinar. Guimarães (1998) aponta o costume „do bater‟ em meios populares, em que a disciplina tende a ser severa, punitiva e, em determinadas famílias, com requintes de violência.
As consequências da autoridade líquida na família
Como vimos, há várias situações sobre as quais repousam as dificuldades do exercício da autoridade: muitas vezes, os pais não compreendem a real importância que esta função assume na vida das crianças e dos adolescentes; às vezes, sentem-se perdidos e impotentes na construção de valores e normas sociais; não conseguem sozinhos atingir um ponto de equilíbrio, de negociação com eles e se posicionam ora com práticas rígidas demais, ora permissivas demais. Mas as dificuldades ocorrem principalmente porque exercer a autoridade requer envolvimento, responsabilidade e compromisso com a criança e o adolescente, requer suportar e sobreviver às reclamações deles, negociar com eles e enfrentar dificuldades juntos – requer tempo e disponibilidade dos pais e responsáveis, os quais nem sempre os têm.
Curso de Prevenção do Uso de Drogas para Educadores de Escolas públicas
A presença de referências sólidas que possibilitem a articulação entre os limites e o seu potencial criativo permite que os momentos de dificuldades e decisões importantes se tornem mais fáceis de ser enfrentados pela criança e pelo adolescente. Do mesmo modo, a fragilização dos vínculos de autoridade na família (dos pais em relação a seus filhos) resulta em dificuldades nos processos de construção das relações sociais dos filhos, o que os torna mais vulneráveis ao envolvimento em situações de risco.
Evidenciamos a importância da família na construção de limites, no resgate da autoridade e da negociação, o que pressupõe o estímulo à autonomia, à descristalização de papéis e ao comprometimento mútuo. Quanto maior a autonomia, maior o senso de responsabilidade do adolescente por suas ações.
As dificuldades inerentes ao processo de busca pela autonomia dos sujeitos em desenvolvimento são maiores quando a função de autoridade não está sendo exercida de forma plena e não existem adultos que possam proporcionar essa assistência. A transgressão surge, então, como um pedido de ajuda diante de uma autoridade “líquida” ou mesmo inexistente.
As formas encontradas pelos jovens na busca pela autoridade perdida passam a ser permeadas por sentimentos de raiva, de angústia e mal-estar. Ao se referir ao abandono da família, eles revelam sentimentos contraditórios, que são compreendidos como desde a vontade de romperem com elas até o desejo de serem por elas reconhecidos. Se não encontram na família, procuram outras vinculações que lhes possibilitem acesso à autoridade. E esta busca por figuras alternativas de referência de autoridade pode representar fator de risco para a sua inserção no mundo das drogas e do tráfico. A transgressão remete a criança e o adolescente à busca da Lei: à busca de uma autoridade “sólida”, firme, consistente.
Referências
BOLLE DE BAL, M. (2001). Da revolta contra os pais à revolta dos pais. In: ARAÚJO, J. N. G.; SOUKI, S. G.; FARIA, C. A. P (Orgs.). Figura paterna e ordem social (pp.41-57). Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
Curso de Prevenção do Uso de Drogas para Educadores de Escolas públicas
GUIMARÃES, E. Escolas, galeras e narcotráfico. Rio de Janeiro: UFRJ, 1998.
MINUCHIN, P.; COLAPINTO, J.; MINUCHIN, S. Trabalhando com famílias pobres. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
PENSO, M. A. Dinâmicas familiares e construções identitárias de adolescentes envolvidos em atos infracionais e com drogas. 2003. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica) – Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília, 2003.
PENSO, M. A.; COSTA, L. F.; RIBEIRO, M. A. Aspectos teóricos da transmissão transgeracional e do genograma. In: PENSO, M. A.; COSTA, L. F. (Orgs.). A transmissão geracional em diferentes contextos: da pesquisa à intervenção (p. 9-23). São Paulo: Summus, 2008.
PEREIRA, S. E. F. N. Redes sociais de adolescentes em contexto de vulnerabilidade social e sua relação com os riscos de envolvimento com o tráfico de drogas. 2009. 320 f. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica e Cultura) – Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília, 2009.
SLUZKI, C. E. A rede social na prática sistêmica. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1997.
SZYMANSKI, H. A relação família/escola: desafios e perspectivas. Brasília: Plano, 2001.
ZALUAR, A. (2000). A máquina e a revolta: as organizações populares e o significado da pobreza. São Paulo: Brasiliense, 2000.

PALESTRA

PALESTRA

Dependência Química

“O que a família precisa saber”


• Descoberta

• Esclarecimentos

• Orientações

Local: Auditório da Paróquia da Paz
Rua Visconde de Mauá, 905-Aldeota.

Dia: 28 de Fevereiro de 2011

Hora: 19:00 horas

Palestrante:
Maria Diamantina C.Santos
Psicóloga da Clinica Reviva/S.Paulo

INGRESSO: 1kg de alimento não perecível

ESPIRITUALIDADE

Apesar de tudo - Martha Medeiros


Apesar de tudo, continuamos amando,
e este "apesar de tudo" cobre o infinito.
Esta frase do filósofo Cioran expressa a extensão
dos nossos obstáculos amorosos.
.
Apesar de termos acreditado na eternidade dos nossos sentimentos
e depois descobrirmos que nada mantém-se estável por muito tempo,
continuamos amando.
.
Apesar de termos sofrido noites inteiras por amores que não se
concretizaram ou que foram vagos ou pueris,
continuamos amando.
.
Apesar de termos sido rejeitados, apesar de o nosso amor
não ter sido suficiente para encantar o outro e fazê-lo permanecer ao nosso lado,
continuamos amando.
.
Apesar de todos os livros escritos, todas as sentenças filosóficas,
todas as análises terapêuticas e todos os exemplos de paixões falidas,
continuamos amando.
.
Apesar de não termos mais 15 anos e estarmos numa idade
em que os outros acreditam que o nosso coração envelheceu,
continuamos amando.
.
Apesar de a pessoa que a gente ama sentir por nós um amor de amigo,
um amor fraterno, um amor camarada que nada faz lembrar
o amor ardente que a gente deseja e sonha,
continuamos amando.
.
Apesar de a gente saber que o amor acaba,
que o amor talvez nem seja pelo outro,
mas apenas uma projeção do amor que a gente tem por nós mesmos,
continuamos amando.
.
Apesar da falta de grana, das desilusões com a política,
do cansaço no final do dia, dos projetos que não foram adiante,
do tempo que nos falta e do medo que nos sobra,
continuamos amando.
.
Apesar da chuva que não permite o passeio de mãos dadas,
do espaço compartilhado que não permite privacidade,
da desaprovação dos que nada têm a ver com o assunto,
continuamos amando.
.
Infinitamente,
apesar de tudo e todos e apesar de nós mesmos,
continuamos amando ...

ESPIRITUALIDADE

ORAÇÃO DA SERENIDADE


Concede-me, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar as que eu posso e sabedoria para distinguir uma da outra – vivendo um dia de cada vez, desfrutando um momento de cada vez, aceitando as dificuldades como um caminho para alcançar a paz, considerando o mundo pecador como ele é, e não como gostaria que ele fosse, confiando em Deus para endireitar todas as coisas para que eu possa ser moderadamente feliz nesta vida e sumamente feliz contigo na eternidade.




Reinhold Niebuhr que viveu


Confie...

As coisas acontecem na hora certa.
Exatamente quando devem acontecer!
Momentos felizes, louve a Deus.
Momentos difíceis, busque a Deus.
Momentos silenciosos, adore a Deus.
Momentos dolorosos, confie em Deus.
Cada momento, agradeça a Deus.

mas vamos continuar confiando no poder superior que tudo sabe e faz!!!

CANTO DA POESIA

Bem no Fundo – Paulo Leminski

(Paulo Leminski)

no fundo, no fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nosso problemas
resolvidos por decreto

a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela — silêncio perpétuo

extinto por lei todo o remorso,
maldito seja quem olhar pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais.

mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos saem todos a passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas.

Paulo Leminski (1944-1989), poeta curitibano

Artigo -Dependência Quimica

Nora Volkow fala sobre o uso de maconha e outras drogas em entrevista
05, abril 2010 | Author: admin

Nora Volkow, neurocientista especialista em dependência química
Em entrevista fornecida a revista VEJA no final do mês de março, Nora Volkow, neurocientista mexicana, radicada nos Estados Unidos, apresentou sua opinião sobre os efeitos da maconha e de outras drogas como o DMT (princípio ativo do chá do Santo Daime), o tabaco e o álcool no cérebro humano.

Ela pesquisou, por meio de tomografias, as reações neurofisiológicas provocadas pelo uso de substâncias e suas relações com outros comportamentos compulsivos como os sintomas do Trantorno Obssessivo-Compulsivo (TOC) e do comer de forma excessiva que leva a obesidade. Os estudos na área ainda geram muitas divergências, mas a neurocientista é capaz de afirmar que, com exceção da cafeína, não existe droga que não possa induzir ao vício ou que não possua consequências tóxicas ao organismo.

Nora Volkow também falou sobre o tratamento da dependência de substâncias e sobre o uso de canibinóides no cuidado a outras desordens orgânicas, uma vez que estes têm se mostrado efetivos na diminuição dos efeitos colaterais da quimioterapia ou na prevenção aos casos de glaucoma.

A pesquisadora termina a entrevista com uma frase que marca sua posição a respeito do uso de substâncias psicoativas: “Nunca usei cocaína, maconha nem outro tipo de droga ilícita. Amo meu cérebro e nunca pensei em estragá-lo.” Confira a entrevista e deixe sua opinião sobre o tema.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

TCC-Terapia Cognitivo Comportamental aplicada aDependência Quimica

A DEPENDÊNCIA QUÍMICA NA VISÃO DA TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL (TCC):

A TCC é uma abordagem estruturada ou semi-estruturada, diretiva, ativa e de prazo limitado. Ela se fundamenta na racionalidade teórica de que o afeto e o comportamento de um indivíduo são, em grande parte, determinados pelo modo como ele estrutura o mundo. Neste sentido, mais importante do que a

O objetivo da TCC é reestruturar as cognições disfuncionais e dar flexibilidade cognitiva no momento de avaliar situações específicas,como as exemplificadas acima. Ela visa à resolução de problemas focais, objetivando, em ultima análise, dotar o paciente de estratégias cognitivas para perceber e responder ao real de forma funcional.

O terapeuta cognitivo comportamental formula as idéias e crenças disfuncionais do paciente sobre si, sobre suas experiências e sobre seu futuro em hipóteses e, então, testa a validade dessas hipóteses de uma forma objetiva e sistemática.

Expectativa positiva de resultado: O usuário tem uma visão fragmentada do efeito da droga. Ora focaliza os efeitos positivos do uso, ora os negativos. No momento do uso, o foco está nos efeitos positivos. Algumas vezes, as expectativas positivas se manifestam como sensações ou imagens positivas.

Identificação do estado de motivação:O reconhecimento do estado de motivação do paciente é uma das principais tarefas do profissional. Pode ser usado um quadro para balanço sobre vantagens e desvantagens do uso de drogas, que ajudará o paciente a ter uma visão global de riscos e benefícios e tomar uma decisão mais consistente. É uma técnica excelente no processo de resolução da ambivalência em pacientes pré-contemplativos. A motivação do paciente segue um espiral nos seguintes estágios: 1) Pré-contemplação: o paciente não reconhece que tem problemas relacionados ao uso de substâncias psicoativas; 2) Contemplação: o paciente reconhece que tem um problema, porém, não consegue mudar seu comportamento, nem seu estilo de vida para atingir, como meta, a abstinência; 3) Ação: o paciente reconhece seu problema relacionado ao uso de drogas psicoativas e se compromete a mudar seu comportamento através de estratégias eficazes (mudança do estilo de vida, reconhecimento e enfrentamento de situações de risco, etc); 4) Manutenção: o paciente, uma vez que conseguiu atingir a abstinência, toma decisões no sentido de manter o novo comportamento.

Ao ter contato com a droga, o paciente desenvolve um outro grupo de crenças relacionadas à situação "usar droga". As crenças relacionadas à droga mantêm uma relação coerente com as Crenças Básicas de caráter mais genérico. Assim, o modelo cognitivo postula que a dependência é resultado da interação entre o contato inicial com a droga e as cognições que se formarão por influência das crenças básicas. Não são, portanto, todas as pessoas que, ao ter contato com a droga, desenvolverão dependência.

As crenças relacionadas às drogas são de duas naturezas: 1) facilitadoras e 2) de expectativas positivas. O paciente, ao avaliar sua situação de estudante como muito árdua, começa a pensar que "merece" descontrair-se no bar durante o período da tarde; que beber "melhora o estresse"; e que vai ser "agradável durante a conversa com os amigos". Estas crenças são suficientes para eliciar pensamentos automáticos como "vou beber" e desencadear a fissura. Outras crenças, agora na vigência da fissura, aparecem: são Crenças Facilitadoras. Por exemplo, "não consigo suportar a vontade"; "só há um modo de melhorar essa vontade: usar!". Esse conjunto de cognições impulsiona o paciente ao uso, fechando um ciclo cognitivo para o uso continuado da droga.



Fonte: http://www.webartigos.com/articles/8837/1/Dependencia-quimica-alcoolismo-ou-compulsao-algumas-perspectivas-sobre-a-mesma-questao/pagina1.html#ixzz1ADbdetD1

O QUE É CODEPENDÊNCIA?

O que é a codependência?




Plenamente - Maria Alice Fontes P. Novaes
Todos nós sabemos as conseqüências e os problemas decorrentes do comportamento dos que apresentam algum quadro de dependência, seja ela química (álcool ou drogas), seja o jogo patológico, a compulsão sexual ou até mesmo a dependência afetiva ou financeira do outro.

Curioso é observar a dedicação e a insistência que alguns familiares, especialmente pais ou cônjuges, investem nas pessoas com problemas de dependência ou algum outro transtorno de personalidade ou de conduta. Há casos em que a pessoa suporta qualquer tipo de comportamento – e suas conseqüências, sem perceber que está abrindo mão de sua própria vida e de seus objetivos, e que seu comportamento acaba por perseverar a problemática do outro. Aliás, algumas das pessoas só se sentem úteis ao viver em função do dependente; assim é interessante para elas que o outro permaneça doente, mesmo que essa motivação seja, na maioria das vezes, inconsciente. Esses comportamentos fazem parte de um quadro patológico chamado codependência.



O que é codependência?
A codependência é um transtorno emocional definido entre as décadas de 70 e 80, primeiramente relacionado aos familiares de dependentes químicos. Atualmente a codependência é estendida a qualquer quadro de dependência ou transtornos graves de personalidade e de conduta. A característica principal consiste na “atadura emocional”, ou seja, a pessoa se atrelada à patologia do outro, tendo uma extrema dificuldade em colocar limites para o comportamento problemático do dependente. Por exemplo, a esposa que tolera, incansavelmente, todas as conseqüências decorrentes do alcoolismo do marido, como perda do emprego, agressividade, irresponsabilidades, etc., ou a pessoa que suporta qualquer tipo de abuso do cônjuge por medo das chantagens emocionais feitas por ele, como por exemplo, a separação.

Os codependentes são, na maior parte dos casos, pais ou cônjuges que vivem em função da pessoa dependente, assumindo e responsabilizando-se por todos os comportamentos problema desta e preocupando-se excessivamente por seu bem estar. O codependente não percebe que cuidando excessivamente do outro, ocorre um processo de auto-anulação – seus objetivos e necessidades acabam sendo esquecidos por ele mesmo. Resumindo, o sujeito depende da dependência do outro.

Quais são os sintomas?
Invariavelmente, os codependentes possuem baixa auto-estima, e sentem-se úteis e valorizados somente quando cuidam, resolvem e toleram os problemas do outro. Tudo isso porque temem perder o amor do outro, e porque necessitam da aprovação alheia, desejando serem vistos como mártires. Acredita-se com isso, que há um ganho secundário, embora exista um sofrimento muito grande ao tolerar certos tipos de abuso. Os codependentes se mostram muito solícitos, sempre prontos a socorrer o outro, não importando as circunstâncias. Apresentam dificuldade em nutrir relações saudáveis e que valorizem a autonomia e o espaço de cada um. A necessidade obsessiva em controlar e cuidar do comportamento do outro faz com que utilizem de conselhos, preocupações e gentilezas exageradas. Isso tudo acontece de forma compulsiva, as vezes sem perceber porque estão agindo dessa forma. Ainda existe um sentimento de incapacidade, pois acreditam que sua ajuda nunca é suficiente para solucionar a dificuldade do outro, e de vergonha extrema, como se o comportamento problemático do dependente fosse seu.

É importante diferenciar os comportamentos saudáveis de amor e cuidado existente nas relações afetivas. Na verdade, a codependência é um padrão de relacionamento egoísta, onde existe o medo de perder o controle sobre o outro e que resulta em prejuízos para saúde física e emocional.

Quais são as conseqüências da codependência para a vida da pessoa?
À medida que a pessoa codependente abandona suas necessidades e objetivos ao longo da vida, ela entra num processo de abandono de si mesma e de auto-destruição. Como esse padrão ocorre a longo prazo, normalmente durante vários anos, resulta em muitas perdas – perda do tempo que deveria ter sido investido em si mesmo, em seu lazer, em projetos pessoais, perda de relações que poderiam ter sido saudáveis, perda esperança em resolver o problema do outro. Isso tudo pode desencadear alguns danos para a saúde da pessoa, seja no aspecto físico através de doenças psicossomáticas ou no campo psicológico – normalmente os codependentes apresentam quadros depressivos ou ansiosos acentuados.

Existe tratamento? Como ele é feito?
O tratamento da codependência tem como objetivo principal fazer com que o indivíduo resgate sua auto-estima e adote um padrão de relacionamento e comportamento mais saudável, principalmente no tocante à assertividade, à percepção das necessidades individuais de cada pessoa, e à necessidade obsessiva de controlar o outro. A psicoterapia individual é primordial, além de também ser muito importante a participação em grupos de auto-ajuda, como o Codependentes Anônimos.O lema desse grupo é “só por hoje serei a pessoa mais importante da minha vida”. Como em muitos casos o codependente apresenta transtornos como depressão e/ou ansiedade, é necessário uma consulta com o médico psiquiatra para que este avalie a necessidade do uso de medicação antidepressiva e/ou ansiolítica.

No entanto, embora exista todo o empenho e conhecimento cientifico dos profissionais de saúde mental sobre a codependência, o tratamento só terá eficácia após o paciente conscientizar-se e aceitar que possui um problema.

Referências bibliográficas
Ballone GJ – Codependência – in. PsiqWeb, Internet, disponível em www.psiqweb.med.br, 2006
http://www.codabrasil.org
http://personalitydisorders.suite101.com/article.cfm/codependence

Dependência Quimica

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011Dependência Quimica
Consumo de crack atinge quase 4 mil cidades, diz CNM

Pesquisa da Confederação dos Municípios foi feita em 71% dos municípios. Segundo CNM, Plano Nacional de Combate ao Crack 'não surtiu efeito'.
Do G1, em Brasília
Pesquisa divulgada nesta segunda-feira (13) pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) informa que o crack é consumido em 3.871 de 3.950 municípios pesquisados pela entidade. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem 5.565 municípios. O universo pesquisado pela confederação equivale a 71% do total de municípios brasileiros.

Pesquisa: 98% das cidades brasileiras têm problemas ligados ao crack

BRASÍLIA - O consumo de crack já se alastrou pelo País, aponta pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgada na manhã de hoje, em Brasília. Levantamento feito com 3.950 cidades mostra que 98% dos municípios pesquisados enfrentam problemas relacionados ao crack e a outras drogas. "Falta uma estratégia para o enfrentamento do uso do crack. Não há integração entre União, Estados e municípios", alertou o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.
Ziulkoski criticou o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, lançado pelo governo federal em maio deste ano. "É um programa que não aconteceu, praticamente nenhum centavo chegou". Ao apresentar os números, ele disse que não avaliaria se a iniciativa teve intenções eleitoreiras. "Apenas estou trazendo números e realidades